sexta-feira, 27 de março de 2009

A Procura da FELICIDADE



O filme À Procura da Felicidade, que conta a história de Chris Gardner, é simplesmente imperdível. Além da incrível e tocante interpretação de Will Smith, a mensagem do filme é excelente, e está em falta nesse país.
O protagonista passa por inúmeras dificuldades que passadas por outras pessoas seriam simplesmente as melhores formas de abater e surpreender um indivíduo desprovido de qualquer possibilidade de vencer os obstáculos da vida. O filme trata da história de vida de um homem obstinado por vencer, nesta dura tarefa abandonado pela esposa cria seu filho sozinho, na campainha das dificuldades como: despejo, desemprego, estágio não remunerado... Seu filho tem nele total confiança, os obstáculos parecem intransponíveis.
O filme retrata o "sonho americano", onde o trabalho duro individual pode levar qualquer um longe na terra das oportunidades. Logo no começo do filme, aparece o então presidente Ronald Reagan fazendo um discurso na televisão, e não creio ser por acaso. Neste discurso, o presidente está culpando os excessivos gastos do governo pela situação delicada em que a economia do país se encontra.
As reformas adotadas nesta época foram cruciais para resgatar o crescimento econômico do país. Menos intervenção estatal, mais iniciativa privada, uma receita infalível. Mais algo no filme nos choca, uma cena do filme, quando Gardner jogava basquete com seu filho, uma preciosa lição de vida foi passada aos espectadores. O próprio pai fala para o filho desistir do sonho de ser um campeão algum dia, e ao perceber o desânimo do garoto, lhe dá uma grade bronca, explicando que ele não deve jamais deixar outros - inclusive o próprio pai - colocá-lo para baixo, repetir que ele não é capaz de algo. A inveja faz com que outros tentem diminuir as habilidades alheias, desestimulando qualquer um que pareça um pouco mais capaz em realizar determinada tarefa. O pai afirma então que o filho nunca deve ligar para isso, para o que os outros falam dele, e que nada deverá ficar entre seus sonhos e a realização deles. Proteja seus sonhos sempre filho! A responsabilidade é individual, e isso vale ainda mais em um país onde muitos esperam passivamente soluções milagrosas através do governo.
Percebe- se que a própria postura de Gardner traz em foco o grande abismo que existe entre os fracassados e as personalidades de sucesso, isso é mostrado logo no início do filme quando ele ver uma figura saindo de uma Ferrari em frente a um grande prédio comercial e todos ali a sua volta parecem muito felizes . Ele pergunta ao homem em que ele trabalhava para poder ter um carro como aquele, e a resposta muda sua vida, o homem diz que era corretor de ações, e que para tanto bastava ser bom com números e com pessoas ai então Gardner coloca em sua mente o que ele deveria fazer que ele também chegasse lá um dia, superando os obstáculos de forma absurda. O grande diferencial que vejo é o fato dele olhar o sucesso alheio e admirá-lo, querendo buscar para si algo semelhante.
Isso é oposto ao que ver-se, infelizmente com boa freqüência, em pessoas invejando o sucesso alheio, e querendo destruí-lo ao invés de lutar para subir na vida por conta própria. A mensagem do filme é bela, é um a mensagem de esperança, de liberdade, de valores pessoais de integridade. Mesmo sob a situação mais desesperadora que se pode imaginar, Gardner jamais deixou para trás seus valores. Isso serve de lição para muitos sociólogos e intelectuais que forçam uma associação de causalidade entre a pobreza e a criminalidade, como se a pequena conta bancária automaticamente criasse um enorme bandido. A integridade das pessoas não depende do saldo no banco, além disso, o filme desmonta o caso do estado paternalista que irá cuidar soa pobres muito pelo contrário o governo só conseguia cada vez mais privar Gardner de possibilidades tirando o que lhe restava de dinheiro, principalmente confiscando-o para o pagamento de impostos e isso foi à gota d’água que jogou Gardner na rua da amargura o governo parar dar algo precisa antes tirar e isso sempre recai sobre os pobres.
Não deixemos deixar de assistir um filme como esse. Em uma nação onde todos pensam somente no que o governo pode oferecer, onde a figura de "Che" Guevara ainda é enaltecida, e onde a iniciativa privada é vista como inimiga do povo, nada mais urgente que um relato de uma história verídica, de um sujeito que conhece bem de perto a completa miséria, e sai dela por conta própria, tornando-se um multimilionário. E lembrando ainda que o dinheiro aqui é apenas um subproduto, um indicador do sucesso que Gardner teve na vida. Pois seu valor mesmo, como homem íntegro que soube vencer barreiras inacreditáveis e educar seu filho sob tais circunstâncias, esse não pode ser mensurado pelos seus milhões de dólares.